Domingo, 08 Março 2015
Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) visita a Casa de Oxumarê
Na sexta- ferira dia 6 março, uma comissão formado por promotores públicos de várias regiões do Brasil, conheceram um pouco do cotidiano da casa e dos costumes do candomblé
Vinculados ao Colégio Nacional dos Procuradores Gerais da Justiça os juristas foram recebidos por Baba Pecê que narrou um pouco da história secular da Casa Oxumarê e os costumes da comunidade. Os visitantes puderam conhecer também os trabalhos sociais realizados pela casa.
Para a promotora Márcia Teixeira o terreiro é um núcleo histórico de resistência cultural negra." Ficamos impressionados com a riqueza de informações a respeito do surgimento da Casa de Oxumarê e foi muito importante conhecer a realidade do terreiro assim como as ações sociais promovidas pela casa" contou a promotora.
"Prentendemos manter este contato para que de maneira sitematizada o Ministério Público possa atender as demandas dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana principalmente no que diz respeito ao combate à intolerância religiosa" continuou a jurista. Márcia ainda lembrou que a primeira promotoria do Brasil criada para o combate ao racismo e à intolerância religiosa nasceu na Bahia no ano de 1994.
Para Baba Pecê as comunidades tradicionais de matriz africana ganham e muito com essa aproximação. "É importante que o Poder Judiciário brasileiro por meio do Ministério Público compreenda nossas tradições e esteja ciente que somos vítimas de toda forma de intolerância. O diálogo é uma ferramenta de fortalecimento da democracia. Acredito que este seja o primeiro de muitos encontros que venham fortalecer as nossas comunidades em relação a preservação dos nossos direitos", afirmou Baba Pecê.
O grupo atua na área de Direitos Humanos e em Comissões de Combate à Violência Doméstica, Meio Ambiente e Combate à Intolerância Religiosa e contou com promotores dos estados Mato Grosso, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Ceará, Bahia, Amazonas e Paraíba.